120 mulheres foram assassinadas e 83 sofreram tentativa de homicídio. Se comparar com 2011, houve uma alta no índice de violência contra a mulher, quando foi registrado 109 homicídios e 79 tentativas de assassinato.
Nesta terça-feira (23), foi detido em Salvador, um homem acusado de cortar o rosto da ex-mulher com um estilete, a vítima levou mais de 100 pontos na face. Eles não moram na capital baiana, mas depois que cometeu o crime, o acusado se refugiou na casa de uma irmã, na Cidade Jardim em Brotas. Identificado como Udilto Dias de Souza, de 36 anos, foi detido por agentes da 6ª Delegacia de Polícia, que cumpriu mandado de prisão, aberto desde o mês de outubro do ano passado, pela Justiça do Espírito Santo, época em que aconteceu o crime.
“Eu saia do trabalho, por volta das 19h e ele estava me esperando na rua. Disse que queria conversar e eu tentei não evitar ficar só com ele, falei que tinha que pegar as crianças na creche e ele me mostrou que estava com um estilete na mão e me mataria caso eu não desse atenção. Neste momento eu corri, e ele me pegou pelo cabelo. Foi tudo muito rápido, mas levo as marcas para o resto de minha vida. Ele cortou minha orelha, abriu minha face de um dois e queria cortar o meu olho. Durante este ato de loucura ele gritava e dizia que se eu não fosse dele não seria de outro homem”, relatou Gabriela Souza, 29, mãe de duas filhas que teve com o acusado ao longo dos 10 anos que viveram juntos.
Exceção, Gabriela denunciou e deu continuidade nos processos para que seu ex-marido pagasse pelo crime que cometeu. Para a reportagem do Bocão News ela falou que a vida continua, apesar das mudanças e marcas deixadas.
Políticas públicas
Para a vereadora Aladilce Souza (PCdoB), Salvador deve pensar em mais em políticas públicas para proteção da mulher. “Na sua última gestão, o ex-prefeito João Henrique não priorizou a Superintendência de Políticas Públicas para as Mulheres, mas vamos cobrar isso do novo prefeito. Nós na bancada da Câmara temos percebido este aumento na violência, isso é o resultado de uma relação de poder do homem sobre a mulher. As instituições públicas devem lutar com muito vigor contra esta problemática. É uma epidemia, uma questão que deve ser colocada como prioridade. Isso só será resolvido com políticas publicas de enfrentamento”, disse a vereadora.
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